- 01/04/2022
- Ortopedista da Criança
- Deformidades Congenitas
Uma condição que preocupa, mas tem tratamento eficaz
Perceber que o bebê nasceu com os pezinhos virados pode gerar preocupação, medo e dúvidas. Mas fique tranquilo: o pé torto congênito tem tratamento eficaz, e quando diagnosticado cedo, o resultado pode ser excelente — com a criança andando, correndo e vivendo normalmente.
A importância do diagnóstico e acompanhamento especializado
Neste artigo, o Dr. João Pedro, Ortopedista Pediátrico Especialista em Pé, explica tudo sobre essa condição de forma clara, com base na experiência clínica em ortopedia pediátrica especializada e nas recomendações médicas mais atuais.
Neste artigo, vamos explicar tudo sobre essa condição de forma clara, com base na experiência clínica em ortopedia pediátrica especializada e nas recomendações médicas mais atuais.
Resumo rápido:
- O que é pé torto congênito?
- Quais são as causas e tipos?
- Como é feito o diagnóstico (inclusive na gestação)
- Tudo sobre o método de Ponseti
- Quando é necessário operar?
- Como garantir bons resultados
- Perguntas frequentes respondidas por especialista
- Como agendar avaliação com ortopedista infantil
O que é o pé torto congênito?
Como essa deformidade se apresenta nos bebês
O pé torto congênito é uma malformação ortopédica presente desde o nascimento. O bebê nasce com um ou ambos os pés voltados para dentro e para baixo, com rigidez articular e encurtamento de tendões e músculos.
Diferença entre pé torto e outras alterações comuns
Essa deformidade não melhora sozinha e precisa de tratamento especializado. Não deve ser confundida com o “pé virado” flexível do recém-nascido, que costuma se corrigir naturalmente.
Causas do Pé Torto Congênito
Genética e fatores de risco
Não há uma causa única, mas fatores como genética, alterações no desenvolvimento fetal e síndromes associadas podem estar presentes.
Pé torto congênito idiopático x secundário
Idiopático: sem associação com outras síndromes (mais comum)
Secundário: associado a doenças neurológicas como mielomeningocele
Diagnóstico do Pé Torto Congênito
Quando é identificado no pré-natal
O diagnóstico pode ocorrer ainda na gestação, por meio do ultrassom morfológico, geralmente entre 20 e 24 semanas.
Exame físico após o nascimento
Após o parto, o ortopedista infantil avalia a posição dos pés, rigidez, grau de rotação e possíveis assimetrias.
Tratamento do Pé Torto Congênito com o Método de Ponseti
Como funciona o método passo a passo
O tratamento padrão ouro é o método de Ponseti, que envolve:
Gessos semanais corretivos (5 a 8 semanas)
Tenotomia (pequena cirurgia no tendão de Aquiles)
Órtese (barra com botas) — 23h/dia nos primeiros meses e à noite até os 4 anos
Vantagens em relação a tratamentos cirúrgicos antigos
Menor taxa de complicações, preserva o movimento natural do pé e tem altíssimo índice de sucesso.
O papel da órtese no sucesso a longo prazo
Usar a órtese corretamente é o que evita recidivas. A adesão dos pais nessa fase é fundamental.
O que acontece se o Pé Torto Congênito não for tratado?
Impactos físicos, emocionais e sociais
Sem tratamento, a criança pode desenvolver:
Dificuldade para andar
Dor crônica
Calosidades e rigidez
Deformidade permanente
Isolamento social e autoestima prejudicada
Casos avançados e limitações na vida adulta
Adultos com pé torto não tratado enfrentam limitações funcionais, maior risco de lesões e dificuldades na vida profissional e social.
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Cirurgia para Pé Torto Congênito: Quando é Necessária?
Casos que fogem ao padrão de resposta ao Ponseti
A maioria dos casos responde ao tratamento conservador. Cirurgias são indicadas apenas quando:
Há falha no método de Ponseti
A criança não usou a órtese corretamente
Há recidivas graves
Cirurgias corretivas em situações específicas
São feitas com o objetivo de restaurar a função do pé, mas envolvem riscos maiores e resultados menos previsíveis do que o tratamento conservador.
Procure um Ortopedista Pediátrico Especialista em Pé para o tratamento do seu filho!
Prognóstico para Crianças com Pé Torto Congênito
Vai andar normalmente? Vai praticar esportes?
Sim! Quando tratado corretamente:
A criança anda e corre normalmente
Pode praticar esportes
Tem qualidade de vida igual a qualquer outra criança
O que influencia os resultados do tratamento?
Início precoce (ideal: antes de 2 semanas de vida)
Técnica correta
Adesão ao uso da órtese
Acompanhamento com ortopedista pediátrico
Dúvidas Comuns sobre o Pé Torto Congênito (FAQ)
O tratamento é doloroso?
Não. O método de Ponseti é indolor. A tenotomia é feita com anestesia leve.
Pode voltar depois de corrigido?
Sim, especialmente se a órtese for suspensa antes da hora. Por isso o acompanhamento é essencial.
É preciso usar órtese até os 4 anos?
Sim, à noite. Isso mantém o alinhamento e evita recidivas.
O pé torto congênito é genético?
Existe fator genético sim, especialmente em casos familiares.
Precisa operar sempre?
Não. Mais de 90% dos casos são resolvidos sem cirurgia extensa.
Quando Procurar um Ortopedista Infantil para Pé Torto Congênito?
Sinais de alerta para os pais
Pés virados para dentro ou para baixo
Rigidez articular desde o nascimento
Diagnóstico no ultrassom
Benefícios do diagnóstico precoce
Quanto antes começar o tratamento, melhor o resultado. Iniciar nas primeiras semanas aumenta a chance de sucesso total.
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Atendimento humanizado e especializado
Aqui no consultório, tratamos dezenas de casos de pé torto congênito com sucesso, sempre com foco na família e na evolução funcional da criança.
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Dr. João Pedro Rocha
Ortopedista Pediátrico
Dr. João Pedro Ramos Sampaio Rocha é ortopedista especializado em ortopedia pediátrica e neuro-ortopedia. Formado pela Faculdade de Medicina da USP, completou residência em Ortopedia e Traumatologia no Hospital das Clínicas e especializou-se em ortopedia pediátrica e neuro-ortopedia na mesma instituição. Atua como médico assistente e preceptor no HSPM, assistente voluntário do grupo de ortopedia pediátrica do IOT-HC-FMUSP e opera em diversos hospitais de São Paulo. Fundador do Instituto Torus – Ortopedia Pediátrica Especializada. Suas áreas de expertise incluem pé torto congênito, displasia de quadril, paralisia cerebral, doença de Perthes e fraturas infantis. É membro da SBOT, SBOP e AOTrauma Internacional.
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